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Revisão, para melhor, dos indicadores econômicos

Enquanto as principais economias capitalistas do resto do mundo estão apreensivas com os patamares inflacionários, com a necessidade em elevar a taxa de juros para controlar os preços e convivendo com riscos de recessão, o Brasil, diferentemente desta realidade, revisa, para melhor, os principais indicadores econômicos.

O Boletim Focus, por exemplo, que retrata a mediana do mercado (são 200 players que fornecem suas previsões ao Banco Central) trouxe nesta semana inflação abaixo de 7% para este ano, mais precisamente 6,82%, e crescimento econômico que poderá atingir 2,02%, também este ano.

No recorte da inflação, o IPCA-15, que é a prévia da inflação do mês, veio com deflação de 0,73% em agosto, confirmando que é factível fechar o ano com índice abaixo de 7%. O próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sinaliza índice na casa dos 6,5%.

Em confirmando este nível de inflação, pela primeira vez na história, o nível geral de preços do Brasil será inferior aos de países como Estados Unidos, Reino Unido, entre outros.

A combinação da política monetária restritiva com a política tributária, que reduziu os impostos de vários itens essenciais que compõem a cesta de produtos considerada no levantamento dos índices de inflação, permitiu que o país reduzisse a carestia.

Este bom momento da economia traz o investidor estrangeiro para o Brasil. Com maior oferta de dólares no mercado, a taxa de câmbio fica mais comportada e não realimenta a inflação.

Vale lembrar ainda que as contas públicas têm apresentado superávit primário, o que não era visto desde 2011, trazendo menor risco aos investidores. A curva de juros de longo segue em queda, mais um indicador positivo.

Este início de céu de brigadeiro talvez não perdure por muito tempo em função das eleições presidenciais deste ano, polarizadas, em que os agentes econômicos têm muita dúvida de qual modelo econômico será implementado nos próximos quatro anos. Isso pode mudar o ânimo destes agentes.

Mesmo entendendo que em setembro, mais próximo das eleições, o mercado tende a refletir a tensão em relação aos possíveis resultados das urnas, o certo é que, quem opera o lado real da economia, tem motivos de sobra para se beneficiar deste bom momento da economia brasileira, mesmo porque, apesar dos inúmeros desafios, o mercado de trabalho vem se recuperando, com dados do CAGED (emprego formal) sempre positivos, com a taxa de desocupação em queda.

Somente quem deseja o “quanto pior melhor” para economia é que não se renderá a esta realidade.

Mas fica a constatação, está em curso a revisão, para melhor, dos indicadores econômicos.

? www.reinaldocafeo.com.br

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