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Prévia do PIB: nova queda

O Banco Central do Brasil se antecipa ao IBGE, utilizando outra metodologia, e informa o IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado a prévia do PIB. No mês de outubro, último dado disponível, veio negativo em 0,40% na comparação com setembro deste ano. É o quarto mês de retração do índice.

Como outubro é o primeiro mês do último trimestre deste ano, a preocupação com o desempenho econômico preocupa. Lembrando que oficialmente o país entrou em recessão técnica, à medida que o PIB Oficial (calculado pelo IBGE) apurou dois trimestres seguidos de retração.

Os dados já divulgados dos setores da economia de outubro, o indicativo é que esta retração apurada pelo IBC-Br se concretize.

Aqui acende sinal de alerta. O Banco Central vem atuando no combate à inflação. Os juros básicos foram majorados, atingindo agora 9,25% ao ano (era 2% ao ano no fim do primeiro trimestre do ano passado), tendo como justificativa conter a escalada dos preços. Mesmo considerando que o país tem inflação de oferta pela alta de custos repassados aos preços, e juros combatem inflação de demanda, os sinais é que os preços começam a ceder.

O IPCA de novembro veio abaixo das projeções do mercado e o IGP-M apresentou deflação em sua prévia deste mês. O alerta vem do fato de, ao implementar política monetária mais restritiva, a inflação pode cair, mas engessa a economia.

A ata do Comitê de Política Monetária do Banco Central indica que o aperto monetário não chegou ao fim, indicando até mesmo nova elevação de 1,5 ponto percentual na próxima reunião do Comitê que será em fevereiro do ano que vem, contudo, garantir um mínimo de avanço na atividade econômica é fundamental.

Todos sabemos que a diferença entre um remédio e o veneno é a dose utilizada, assim se o Banco Central não dosar adequadamente o tamanho da alta dos juros, pode asfixiar a economia.

Os resultados dos índices de inflação e do nível de atividade econômica que serão apurados neste mês e em janeiro, fornecerão os insumos necessários para a prescrição da dose certa no tocante aos juros no Brasil.

A equipe econômica do governo Bolsonaro precisa ir além do óbvio. Os indicadores falam por si.

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