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Prévia do PIB; contração em maio

Surpreendeu a todos o fraco desempenho da economia brasileira no mês de maio: queda de 0,43% em relação ao mês de abril deste ano. Trata-se do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) que é considerado a prévia do Produto Interno Bruto, este calculado pelo IBGE.

Em março o índice também apresentou queda (2%), porém abril já ocorreu recuperação de 0,85%. Parte do mercado projetava desempenho positivo de 1% em maio.

A surpresa vem do fato de vários setores da economia operarem no campo positivo. Por exemplo, a indústria brasileira subiu 1,4% em maio, após três meses de queda. Outro exemplo é o desempenho do varejo, que fechou com ganho de 1,4% também em maio. E até mesmo o setor de serviços apresentou alta de 1,2% no período.

É claro que a metodologia de cálculo do Banco Central é diferente da utilizada pelo IBGE, mas ambos deveriam convergir.

Mesmo trazendo número no campo negativo, ainda é possível manter o otimismo para o desemprenho econômico deste ano. Primeiramente porque a base de comparação é precária. Para quem operou no vermelho o ano passado, crescer este ano é quase obrigação. Segundo porque, mesmo lentamente, a vacinação avança e com ela mais setores da economia são liberados auxiliando na movimentação econômica.

Além dos aspectos internos, as principais economias do mundo estão um passo à frente, com o dia a dia quase voltando a normalidade, em função do nível de vacinação da população, portanto são importantes compradores de produtos brasileiros.

Quem acompanha meus artigos quando tratando do PIB brasileiro, sempre apontei para um crescimento não uniforme, ou seja, há setores da economia indo bem, outros nem tanto, inclusive, com desempenho diferente nas várias regiões do Brasil, bem como, o meu apontamento que o crescimento mais vigoroso se dará no segundo semestre, que acabou de iniciar.

Há muitos desafios pela frente. O desemprego e a informalidade chamam a atenção. A inflação elevada para os padrões atuais, é outra preocupação. Os juros estão em alta. Isso tudo sem falar do quanto o meio empresarial está ferido financeiramente devido aos efeitos da pandemia. Contudo, estes pontos não devem impeditivos para que o Brasil opere este ano no azul, e atinja crescimento econômico acima de 5% no ano fechado.

A cada um dos agentes econômicos resta avaliar o quanto setorialmente foi atingido e alicerçar suas estratégias para tirar proveito desta recuperação.

Distante de estarmos em céu de brigadeiro, contudo, mesmo com marchas e contramarchas, o otimismo (realista) não pode sair de cena.

? www.reinaldocafeo.com.br

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