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Políticos: sejam Estadistas! Salvem vidas e a economia

O Brasil acabou não fazendo a lição de casa e se perdeu na discussão de quem assumiria o protagonismo durante a pandemia. Em meio a um negacionismo sem sentido, pagaremos o preço: a economia não crescerá na magnitude que poderia e vidas serão perdidas por falta de velocidade na prevenção contra a Covid-19.

O equilíbrio entre a saúde e a economia sempre foi deixado de lado. Este equilíbrio indicava que seria preciso proteger parte da população, mas também se fazia necessário permitir que a economia andasse. Nem o fechou geral, nem o liberou geral seriam bons.

Perdemos tempo, desperdiçamos recursos e energia e agora, sem insumos para dar sequência na fabricação das vacinas já aprovadas pela ANVISA, o Brasil e os brasileiros pagarão um elevado preço. O primeiro e mais precioso preço a ser pago serão as perdas de vida. Sem vacinar em massa milhares de brasileiros morrerão, infelizmente. O segundo preço será o agravamento do desemprego e com ele a potencialização das questões sociais.

Já foi o tempo em que tínhamos Estadistas com “E” maiúsculo que conseguiam antever a relação de causa e efeito. Vamos ter que ficar com o chapéu na mão implorando para que os fabricantes de insumos das vacinas forneçam ao Brasil o que for necessário.

Os impactos na economia serão sentidos no consumo das famílias. Sem renda reduzirão a demanda por bens e serviços. Também serão sentidos no nível de investimento privado. Sem perspectivas de curto prazo e dúvidas nos médio e longo prazos, estes investimentos serão adiados e até canalizados para outros Países mais “previsíveis”.

O setor externo brasileiro poderá até tirar vantagens na retomada da economia no resto do mundo, mas o volume que isso representa será insuficiente para dar robustez ao nosso desempenho econômico. Restam os gastos do governo, que foram elevados o ano passado e agora será necessário ser rigoroso com o controle fiscal.

Sem dúvida a vacinação em massa dos brasileiros faria com que as duas principais variáveis que impulsionam o crescimento econômico, o consumo e investimentos, levassem o Brasil a alcançar mais do que a previsão do crescimento médio mundial, ou seja, acima de 4%.

Considerando todos estres entraves no tocante aos insumos das vacinas, os agentes econômicos se retraem e o resultado será um crescimento menor do que o possível e necessário.

Tudo indica que este ano o Brasil crescerá economicamente, contudo, como já colocado, este crescimento poderia ser muito maior, atingindo diretamente o nível de emprego e geração de renda dos brasileiros, e com eles a minimização dos impactos sociais, mas infelizmente a realidade é outra.

Por fim um grito de quem quer o bem do Brasil: políticos de plantão pensem no coletivo, deixem suas diferenças de lado, superem suas vaidades e façam, em conjunto, o que for necessário a população brasileira. Sejam Estadistas para efetivamente salvar vidas e a economia.

Estamos clamando para evitar mortes desnecessárias provocadas pela falta de assistência médica e prevenção, e clamando pela sobrevivência da economia, principalmente aos afetados nos negócios e no emprego.

? www.reinaldocafeo.com.br

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