Quem se interessa pelo estudo econômico sabe que um dos fundamentos desta ciência é equacionar a questão da escassez de recursos diante de necessidades humanas ilimitadas. Neste contexto é preciso fazer escolhas para maximizar o uso dos recursos.
Quando surgiu a internet foi pinçada a expressão “Nova Economia”. Um dos pilares para rotular com esta expressão seria a inversão no tocante a escassez, à medida que a internet inaugurava a abundância, à medida que seu maior produto é a informação. Nesta mesma linha o avanço tecnológico reforçou esta nova forma de enxergar os conceitos econômicos.
Muitos anos se passaram e a “Velha” e “Nova” economia tiveram altos e baixos neste período. Com a crise sanitária provocada pela pandemia de Covid-19, atingindo em cheio a economia mundial, questões relevantes da “Nova Economia” passaram a ocupar espaço nas percepções e discussões dos agentes econômicos.
Podemos de alguma maneira dizer que envolve transformações na relação entre empresas e consumidores (que faz parte do estudo microeconômico). Houve uma aceleração na evolução nas questões envolvendo o mundo dos negócios.
Palavras como ecossistemas passou a fazer parte deste mundo que envolve empresas tradicionais e as startups de tecnologia. Isso indica uma nova fase de desenvolvimento do País. Estamos falando de inovação, agilidade, todas focadas em gestão, flexibilidade e compromisso com a sustentabilidade.
Tudo isso já vinha criando corpo, mas como colocado, a pandemia serviu para dar velocidade. Atuar na “Nova Economia” é criar demandas que se baseiam na agilidade. Os consumidores modernos têm pressa e está cada vez mais bem informado. É preciso entender e atender suas expectativas.
Outro ponto relevante está ligado as falhas na operação dos negócios. Quem atua no mercado deve admitir rapidamente o erro e buscar soluções com transparência e levar as organizações a reverem seus processos.
Em tempos de home office, é preciso ter um time fortemente engajado com os objetivos das corporações e é imprescindível confiar na equipe de colaboradores. Isso garante segurança na tomada de decisões e na superação das expectativas.
Outro ponto fundamental é ficar atento a transformação do modelo de negócios. É velha questão de que o “sucesso do passado, não garante o sucesso do futuro”. O digital é irreversível. Conexões entre os funcionários, fornecedores, clientes, distribuidores e até mesmo o governo, passam a fazer parte da gestão moderna.
Em resumo, mesmo diante da necessidade de mudanças constantes da estratégia devido as incertezas que a pandemia trouxe e traz no dia a dia, garantir um pensamento de longo prazo, tendo claramente definido seus propósitos, fidelizando seus clientes a estas crenças, com estratégia adequada de divulgação, garantem retornos constantes ao longo do tempo.
A “Nova Economia” vai além do sistema interno da organização. Opera em sistemas abertos que o resultado de dois mais dois vai ao infinito. Definir poucos e bons indicadores de desempenho, ter conhecimento do ciclo de vida do consumidor e destinar parcela importante dos recursos para inovação e capacitação da equipe, são questões presentes que garantirão a sobrevivência dos negócios. A pandemia efetivamente deu velocidade a estas mudanças.