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Não há como sobreviver ao abre fecha das atividades econômicas!

Não é aceitável que depois de praticamente um ano de pandemia a sociedade e em especial o setor público estadual não tenham aprendido a lidar com o vírus.

No início da pandemia a sociedade tolerou as decisões do Governo do Estado quanto ao isolamento e distanciamento social. O denominado lockdown foi uma novidade para muitos de nós, que sem informações confiáveis, nos sujeitamos ao que indicavam os “sábios” da ciência. Podemos avaliar, olhando para trás, que foi mais uma tentativa e erro do que estudos científicos. Muitos Países também tomaram decisões semelhantes, mas o que se observou é que pouco resultado trouxe. Muitos aprenderem com isso, infelizmente, aqui não.

Na prática todos sabiam que o vírus não seria combatido enquanto não houvesse a vacina, que felizmente hoje temos, e até mesmo até termos medicamentos capazes de reduzir os efeitos da Covid-19. Seria um tempo para que o sistema de saúde não entrasse em colapso. A sociedade e em especial os empreendedores fizeram sua parte. Muitos não sobreviveram e se não fosse o auxílio emergencial que atendeu mais de 60 milhões de brasileiros a situação de miserabilidade seria muito mais grave do que é hoje.

Não ter aprendido com tudo que foi praticado é sinal de teimosia e até de burrice. No caso específico do Estado de São Paulo e em especial a cidade de Bauru, insistir em utilizar o chamado Plano São Paulo classificando as cidades em fase, tendo como parâmetro uma região que abriga dezenas de cidades, e ainda levando em conta uma equação manipulável que considera o nível de ocupação de leitos em UTI, vai na linha da teimosia ou da burrice.

No recorte das atividades econômicas de Bauru quem depende do mercado local e não quebrou até agora, com este abre e fecha, realidade atual, não terá fôlego financeiro para suportar mais. Os estoques não são vendidos na magnitude que deveriam. Os boletos vencem e sem dinheiro e até mesmo sem limite para novos créditos, a inadimplência crescerá. Sem utilizar toda capacidade instalada e observando queda no faturamento, aumento do endividamento, o desemprego crescerá. Mesmo os autônomos terão dificuldade em se manter em pé.

O que mais irrita em toda nesta questão é observar que a ciência passa longe das decisões do Governo do Estado, afinal, quando o interesse era liberar tudo para que as eleições ocorressem em novembro do ano passado, a ciência ficou de lado. Além disso, pouco foi feito para conscientizar a população para que evitasse os excessos de fim de ano.

A conta chegou e porque o sistema está no limite? Porque novamente o Estado não fez sua parte. Por sinal, diminuiu o número de leitos disponíveis. Insisto na equação que define as fases do Plano São Paulo de combate a Covid-19: se o número não cresce e até diminui o resultado é um percentual cada vez maior no nível de ocupação dos leitos.

Há muitas perguntas e poucas respostas: quais estudos apontam que é no comércio, nos serviços em geral que a contaminação do vírus ocorre? Este mesmo vírus não circula em outras atividades importantes? Se a cidade e a região estão em estado tão grave no tocante aos casos de Covid-19, por que o Governador não vem para a região? E o Secretário de Saúde do Estado, quantas vezes esteve presente em Bauru? As respostas não existem.

Por fim, não é possível admitir que em uma cidade como Bauru, cuja matriz econômica tem no setor terciário (comércio e serviços) 70% da geração de sua riqueza, seja tratada com modelos para tomada de decisão que não levem em conta sua realidade local, e sem a devida interlocução com os atores da cidade.

Não há como sobreviver ao abre fecha das atividades econômicas da cidade!

? www.reinaldocafeo.com.br

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