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Não é possível avaliar o que não é medido

Não é possível avaliar o que não é medido, artigo de Reinaldo Cafeo.

É admirável a competência de muitos empreendedores, que, a partir de uma ideia e habilidade operacional, construíram empresas que prosperam, aumentando o faturamento e sendo lucrativas.

Como o passar do tempo a estrutura organizacional é ampliada e com ela nasce o que denominamos de “deseconomia”. Cada vez mais são exigidas competências dos colaboradores e o custo aumenta.

Diante deste cenário é imperativo equacionar a produtividade. O tal de “fazer mais com menos” passa a ser a diferença entre o sucesso e o insucesso, principalmente quando a empresa opera em mercados competitivos.

Não obstante, como colocado, admirar a competência dos empreendedores e reconhecer que em muitos casos se fizeram empresarialmente, e acumularam riquezas, também constato que a sobrevivência neste mercado dependerá de a capacidade de medir periodicamente como estão caminhando as diversas áreas da organização.

São poucos empreendedores que discutem indicadores com seus colaboradores, e mais que isso, são pouquíssimos que sistematizam, fazem a equipe se comprometer com os resultados, e acompanham do desempenho destes indicadores.

Para avaliar é preciso indicadores e metas

Como administrar uma empresa sem medir o que está sendo realizado, sem medir as entregas?

Não dá nem para imaginar um setor de vendas sem metas a cumprir. Qual será o crescimento do faturamento em termos nominais e em termos reais? A margem de lucro será preservada e ampliada?

Como gerenciar uma empresa sem que o financeiro se comprometa com um fluxo de caixa saudável, e um estoque enxuto, com baixo risco de inadimplência?

Como administrar uma empresa sem que a gestão de gente, tenha metas de retenção de talentos, de baixa rotatividade de horas de treinamento?

Como aceitar a gestão de uma empresa sem a contabilidade tenha prazo para fechar os números e faça a integração com as demais áreas, oferecendo dados gerenciais para análise retrospectiva e que permitam um olhar para frente?

Como ter um setor operacional, ligado a produção, sem metas de melhoria dos processos, de defeito zero, e tantos outros indicadores de desempenho? Isso só para citar alguns exemplos.

Sempre será enaltecido o sucesso que trouxe as organizações ao patamar que se encontra, são mais que sobreviventes, são inspiradoras, mas sem medir o desempenho e quando necessário, propor planos de ação para melhor esse desempenho, com o passar do tempo serão presas fáceis em mercados concorrenciais.

Fica o ponto para reflexão: não é possível avaliar aquilo que não se mede!

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Reinaldo Cafeo é economista, professor convidado da Fundação Dom Cabral e associado regional da FDC para Bauru e Marília.

Conheça as soluções da Fundação Dom Cabral em: https://reinaldocafeo.com.br/

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