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Bauru: há seis meses sob nova direção

Tanto o Legislativo como o Executivo Municipal completaram seus primeiros seis meses de gestão, portanto, a cidade está há um semestre sob nova direção.

A Câmara Municipal teve um início tumultuado, com troca de presidência, inclusive com questionamento da legitimidade da eleição do atual presidente Marco de Souza. Foi no mínimo um trimestre de incertezas e diria de frustrações, em que a população tinha e ainda tem expectativas de que a Legislativo Municipal efetivamente seja o novo que todos apostaram. Os projetos aos poucos começam a sair do papel, contudo, há questões estruturais que precisam avançar. Fica um alerta: a sociedade bauruense precisa se atentar aos movimentos de parlamentares que visam seus projetos pessoais, que nada mais é do projeto de poder.

No tocante ao Executivo Municipal ocorreram altos e baixos. Com discurso de “cuidar da casa” a prefeita eleita Suéllen Rosim criou expectativas de que a “velha” política ficaria no passado. Sem dúvida alguma recebeu uma herança nada desejável e os chamados “esqueletos” aparecem diariamente. A falta de gente, de estrutura nas várias Secretarias Municipais foi notória.

O ex-prefeito teve uma gestão que podemos denominar de “meia-boca” nos mais diversos setores da Prefeitura o que levou a cidade a conviver com “puxadinhos” em vez construir uma “casa” bem alicerçada.

Apesar desta realidade, isso tudo não pode ser desculpa para que a cidade fique paralisada. E é esta a sensação que as pessoas passaram a ter. De euforia com o firme posicionamento da Prefeitura Suéllen, inclusive com visibilidade nacional quando foi firme com o Governo do Estado passando a ter interlocução com o Governo Federal, passou a gerar frustrações pela demora em enfrentar questões básicas.

Sem dúvida este ambiente de frustração está sendo potencializado pela questão sanitária, à medida que ninguém imaginava que depois de mais de 15 meses a pandemia de Covid-19 fosse tão grave como está atualmente, mas mesmo a impressão que temos é que a cidade não anda.

A população, a imprensa, a sociedade civil organizada não dispõem de indicadores que possibilitem estabelecer um juízo de valor no tocante ao está sendo executado. Gerenciar uma cidade sem indicadores é não gerenciar. Além disso, setores importantes do Executivo Municipal ainda não deram publicidade sobre suas estratégias, o que leva a especular, que talvez elas não existam.

Para citar alguns exemplos, estamos sem saber qual o horizonte da COHAB, também não sabemos como se dará a viabilidade da EMDURB, e mesmo com algumas sinalizações, também o DAE ainda não deixou claro se sua gestão será reinventada.

Apesar dessa leitura, penso que ainda há tempo para dar uma virada. Para isso é preciso, como falávamos antigamente, dar uma “sacudida” na equipe de governo, para não cair na mesma vala dos políticos que já comandaram a cidade: transformar promessas em desculpas.

Se queremos a prosperidade de Bauru é preciso que o senso coletivo prevaleça e aqueles que não somente torcem, mas trabalham para o bem da cidade, deixem as diferenças de lado, e foquemos no que é importante, para tanto o Executivo Municipal precisa assumir efetivamente o protagonismo. Serão mais três anos e meio de mandato e ainda dá tempo para fazermos o que tem que ser feito.

Não basta ser nova direção, é precisa agir como nova direção. O que está em jogo é a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Isso não pode jamais ser perdido de vista.

? www.reinaldocafeo.com.br

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