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Bauru 126 anos: a cidade que sonhamos

Dia primeiro de agosto Bauru completa 126 anos de sua emancipação político-administrativa.

Como bauruenses, temos o que comemorar? Para quem observou atentamente a cena política local nestes últimos anos, pode concluir que é possível sim comemorar, porém, desde a década de 1990 não se observam tantos desafios, e tamanha tensão política.

A cidade irá comemorar seu aniversário em meio a uma comissão processante que pode cassar o cargo da Prefeita Suellen Rosim e, se isso não bastasse, há uma insatisfação geral na Emdurb que culminou com a greve dos servidores da empresa. Há lixo espalhado por toda a cidade. Mesmo que haja um acordo que pode levar ao término do movimento, as consequências já estão postas.

E toda vez que avaliamos a cidade, sua infraestrutura, sua relevância regional, enfim, na ótica da qualidade de vida, infelizmente, entra prefeito, sai prefeito, e temos que dizer que ainda estamos à espera da “cidade que sonhamos”, ou seja, ainda estamos à espera de melhorias significativas para aí sim afirmar categoricamente: chegamos lá, somos diferentes e diferenciados.

Então que o falta para Bauru? Primeiramente é preciso que os atores políticos diminuam o tensionamento instalado na cidade. Não se trata de colocar embaixo do tapete eventuais irregularidades no uso do dinheiro público, ou posicionamentos políticos, mas sim, respeitar o contraditório, evitar precarizar o debate, evitar o campo pessoal nos embates, enfim, baixar a temperatura. Quem é que ganha com a temperatura nas alturas? Lamento dizer, ninguém! Somente aqueles que apostam no quanto pior melhor, para que suas teorias da conspiração se confirmem, ou seja, forçam a barra na direção que na prática sejam confirmados seus discursos.

Conseguindo pacificar em parte as relações políticas, em seguida vem a discussão e implementação dos projetos estruturantes para a cidade. Lixo, esgoto, asfalto, drenagem, distritos industriais, centro da cidade, saúde, educação, segurança, velocidade na aprovação de projetos, valorização do funcionalismo público, produtividade, emprego, Cohab, Emdurb, DAE, indicadores sociais, cultura, proteção do meio ambiente, são alguns dos pontos que precisam de atenção e de planos de ação que permitam apontar em que ponto a cidade está, e em que ponto ela deseja chegar, e em quanto tempo.

Sem isso, será uma cidade a deriva, que dependendo para onde sopra o vento, será definida a direção.

Isso tudo garantirá não somente ampliar a qualidade de vida dos que aqui residem, como garantirá a retomada do protagonismo regional, em que, soluções conjuntas com outras cidades, podem trazer ainda mais conforto a população.

São 126 anos de uma cidade que já enfrentou inúmeros desafios, e que agora, precisa que as lideranças locais pensem no senso coletivo, no que pode ser melhor para todos, em vez de priorizarem o individual, o que é melhor para si e para a bolha em sua volta. É pedir muito? Não!

Esperamos que no que vem não falemos mais de “cidade dos sonhos” e sim da cidade que se tornou no presente aquela cidade que sonhamos e ajudamos a construir.

Como filho desta terra, apesar de todos os desafios, tenho orgulho de afirmar: Bauru merece sim comemorar seu dia, mas da mesma forma e com a mesma energia, afirmo, se todos trabalharem para tudo caminhe na direção correta, não há dúvida que o tempo será encurtado e teremos na prática uma cidade diferente e diferenciada.

www.reinaldocafeo.com.br

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