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A independência e a economia

As consequências econômicas do conflito no Oriente Médio

Neste 7 de setembro comemora-se a independência do Brasil. No recorte histórico, a independência foi resultado de um processo de desgaste nas relações entre os colonos brasileiros, sobretudo da elite, com Portugal. Isso teve relação direta com a Revolução Liberal do Porto de 1820, mas podemos considerar que tudo começou com a transferência da família real portuguesa para o Brasil, em 1808.

A transferência da família real foi uma consequência da Era Napoleônica e motivada pela invasão de Portugal pelas tropas francesas. A mudança da família real portuguesa para o Rio de Janeiro foi, portanto, uma fuga. Após se instalar no Rio de Janeiro, foi iniciado o que ficou conhecido como Período Joanino. Esse nome faz referência a d. João VI, regente que esteve à frente de Portugal e só se tornou rei português a partir de 1816. Aqui no Brasil, d. João VI realizou uma série de medidas que contribuiu para a modernização do Brasil, promovendo desenvolvimento econômico e florescimento cultural e artístico.

Foi por causa da possibilidade de recolonização do Brasil que o nosso processo de independência iniciou-se. A elite econômica do país – nesse caso, a elite do Sudeste – não aceitava essa possibilidade porque afetaria seus interesses econômicos. Negociações estenderam-se durante 1820 e 1821, mas, a partir de 1822, o sentimento separatista começou a ganhar força.

Quem encabeçou a independência do Brasil foi o príncipe regente d. Pedro. À medida que a situação foi tornando-se irreconciliável, o príncipe foi convencido a liderar o processo de independência do Brasil. Em 7 de setembro de 1822, a situação mostrou-se insustentável, e o regente declarou a independência.

De lá para cá o Brasil busca se consolidar como Nação e ainda não conseguiu sua “independência” econômica. Não há dúvidas do potencial econômico brasileiro, mas o país ainda é fortemente dependente dos países desenvolvidos, notadamente nos produtos de valor agregado como os da área de tecnologia.

A insegurança jurídica em empreender, que remete a frase “que até o passado no Brasil é incerto”, é outro gargalo para que, mais do que independente, nossa economia se emancipe.

Sem investimentos em ciência e tecnologia a mão de obra brasileira não avança, e os bons profissionais buscam outros mercados mundo afora. São facilmente convencidos a deixarem o país.

Não obstante essa realidade, é certo que, mesmo considerando nossa democracia jovem, o Dia da Independência nos faz refletir qual o país queremos para nós e para os nossos.

Se a economia ainda tem suas amarras e é dependente de outros mercados mundiais, a brava gente brasileira pode e faz a diferença.

A luta pela liberdade de expressão e para que as Instituições efetivamente atendam ao interesse dos cidadãos, nos permite a devida reflexão depois de 201 anos que ocorreu a ruptura com Portugal.

Há muito a comemorar, mas também há muito a fazer.

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