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6.1 turbinado

Faço 61 anos de idade neste 28 de abril. O 61 da idade se juntou ao ano do nascimento, 1961, portanto, posso considerar que agora estou, como também já está o amigo João Jabbour (não sei se poderia revelar a idade dele, mas se este artigo foi publicado é porque o editor permitiu), no 6.1 “turbinado”.

Brincadeiras à parte, posso afirmar que o tempo está passando rápido demais. Talvez esta vida moderna, toda conectada, faz com que nos envolvamos em várias frentes, e que, quando menos nos damos conta, o ano vira e a idade chega.

Apesar desta constatação, a palavra “turbinado” remete a envelhecer com os objetivos em ter e manter a qualidade de vida.

No plano material, envelhecer é colher frutos das decisões do passado. Chegar nesta idade com alguma segurança financeira é fundamental. Além de fazer bem a autoestima, gera o que posso denominar de liberdade, de independência.

No campo profissional, aprendemos com os erros, nos fortalecemos nos acertos, e o reconhecimento de efetivamente fazemos um bom trabalho, vem das inúmeras oportunidades oferecidas para mostrarmos nosso valor.

No plano do conhecimento, é manter a visão generalista, mas poder focar em alguns temas, ser especialista. Releituras são importantes e manter a menta ativa é fundamental.

No plano familiar, é constatar que os membros da família estão encaminhados. Sabe aquela sensação de ter feito um bom trabalho? Pois é, a realização daqueles que nos cercam, é a nossa realização.

No plano amoroso, é moldar o temperamento com as questões adversas vivenciadas, é crescer na dor, e é acima de tudo, aprender que relacionamentos são duradouros quando queremos que este dê certo. É construir diariamente a cumplicidade necessária para enfrentar bons e maus momentos. É amar e respeitar quem está ao nosso lado.

No plano da amizade, envelhecemos sendo mais seletivos. Neste particular, a seletiva não é proposital. Ela surge naturalmente. É que ao longo da vida muitos trilham caminhos distintos. Outros se voltam a outros interesses, e aquela “meia dúzia” de amigos escolhidos a dedo, permanecem, e são valorizados em sua real dimensão.

No campo espiritual, envelhecer é acreditar todos os dias, que a vida terrena tem prazo de validade e que algo superior está em curso. Não é possível imaginar que tenhamos o universo a nossa disposição para uma rápida passagem na terra. Isso nos motiva a ir em frente tentando ser pessoas melhores.

Envelhecer nos permite mais serenidade, contudo, não pode ser sinônimo de acomodação. A expectativa de vida ao nascer está cada vez maior, e mais que isso, a expectativa de sobrevida após os 60 anos de idade, está cada vez mais dilatada.

Avalio que é fundamental combater o bom combate, canalizar energia em questões relevantes, e almejar sempre buscar e ampliar a sabedoria.

Como dizem no dia a dia, envelhecer pode não ser bom, mas a alternativa é pior. Prefiro melhorar a frase: envelhecer com qualidade de vida é fundamental, e que cada um de nós “turbine” a sua idade cronológica.

Salve os sessentões, setentões, oitentões, e todos que acreditam que o fundamental é buscar e repartir a felicidade.

? www.reinaldocafeo.com.br

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