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2022: desafiador!

O Natal da esperança foi inspiração para buscar uma palavra que retratasse o que nos espera em 2022 e a conclusão que cheguei é que será um ano “desafiador”.

Pensar em esperança me permitiu refletir sobre o quanto as mudanças são necessárias e o quanto de expectativa temos das pessoas, das lideranças políticas, dos profissionais, enfim, da sociedade como um todo, na busca de dias melhores e de construirmos uma sociedade mais justa.

Não obstante termos expectativas positivas, quando projetamos o que nos espera em 2022, sem dúvida alguma, a conclusão é que os desafios não serão poucos.

Primeiramente será um ano diferente em função das eleições, principalmente para Presidência da República. Mesmo convivendo com eleições a cada quatro anos, portanto, não seria novidade alguma mais eleição, é certo que teremos momentos tensos.

Nas eleições passadas, quando Bolsonaro foi eleito, não estava evidenciada a polarização. Tínhamos, no máximo, um combate a esquerda, o discurso anticorrupção, enfim, críticas contundentes a gestão PT, que deixou o país com dois anos seguidos de recessão, deixou um Estado inchado, e denúncias de desvios de dinheiro de toda ordem. O alvo era claro e venceu aquele que soube comunicar melhor estas questões com seus eleitores.

Nas eleições do ano que vem muda o foco. O Presidente Bolsonaro já não é mais neófito no Executivo Federal, e será cobrado no tocante as entregas de sua gestão. Com a entrada de Lula na disputa, a polarização se instalou. Por outro lado, o centro que tem o ex-juiz Sérgio Moro como o mais bem posicionado nas mais recentes pesquisas de intenção de voto, tentará conquistar o eleitor “nem nem”, isto, nem Lula e nem Bolsonaro. Acusações, denúncias, enfim, é possível projetar até mesmo um jogo sujo pela frente.

Isso tudo tornará o ambiente de negócios tenso, portanto desafiador. Além disso, dificilmente teremos avanços nas reformas estruturantes, entre elas a Reforma Administrativa e a Reforma Tributária. Sem reformas as atenções se voltarão ao combate à inflação, um dos grandes desafios da economia brasileira, e de como a equipe econômica e o Banco Central conduzirão as políticas fiscal e monetária.

O ano será ainda desafiador na gestão empresarial. De um lado o PIB potencial pode atingir R$ 8 trilhões, por outro lado, o desemprego cairá lentamente, a miséria que atingiu milhões de brasileiros devido ao efeito da pandemia, não será equacionada no curto prazo, enfim, o mercado consumidor será seletivo.

Em ambiente de incerteza, não obstante o sucesso de concessões como o do 5G e aeroportos, os investimentos produtivos são adiados ou liberados milimetricamente. Sem investimentos a roda da economia gira mais lentamente. Mais desafios pela frente.

Como gosto da expressão “otimismo realista”, recorro novamente a ela, para confirmar os desafios que nos esperam: otimista com o potencial econômico do Brasil, e realista de que será um ano de seletividade dos agentes econômicos e cada um de nós terá que ser mais estrategistas do que fomos até agora.

Como para quem empreende neste país as coisas nunca foram fáceis, que venha 2022 e que nos preparemos para superar os desafios que se apresentarem. Mesmo com todos os desafios, desejo um excelente 2022 a todos!

? www.reinaldocafeo.com.br

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