Mesmo sabedor de que o ano não começa depois do Carnaval (nossos credores não nos deixam pensar assim) é hora de ir à luta.
Do ponto de vista macroeconômico temos um ano desafiador. O rombo nas contas públicas de 2023 é um indicativo dos desafios que teremos para este ano, principalmente no tocante a confiança dos agentes econômicos no governo comandado pelo presidente Lula.
Se não bastassem os desafios econômicos, o país continua polarizado politicamente. Mesmo alardeando aos quatro cantos que a gestão Lula seria de pacificação, o que se observa é que o discurso não é colocado em prática. O “sistema” continua em busca de vingança, e o país continua dividido.
Também a insegurança jurídica é um dos grandes entraves para que o setor privado tenha mais apetite em investir no país.
Além disso tudo, há uma pauta econômica indigesta a ser discutida no Congresso Nacional. Passa pela regulamentação da Reforma Tributária, transita pela discussão da revisão da tributação na renda (que não foi contemplada na Reforma Tributária), tendo ainda a gana do governo em tributar, e a discussão da vez deverá ser a volta gradativa da tributação sobre a folha de salários de 17 setores fortemente empregadores, que tiveram recentemente a desoneração adiada. E não menos importante, a pressão de parte dos congressistas para ampliar as emendas parlamentares, cortadas do orçamento deste ano, o que é uma verdadeira “moeda de troca” para o devido apoio ao governo.
E tem ainda as eleições municipais. Parlamentares que não forem candidatos em seus municípios, certamente farão campanha para os membros do partido ou da federação, e dificilmente haverá votações importantes no segundo semestre.
Voltando a economia, há enorme desafio em manter a inflação controlada, e ainda garantir que o setor público não faça lambança nas contas públicas. Se o ambiente for benigno, apesar de todos os desafios, a taxa básica de juros continuará em queda, favorecendo os investimentos produtivos, que permitirão a geração de emprego e renda.
Se não tivermos nenhuma pauta de costumes mais contundentes, o embate ficará restrito a quem é capaz de liderar a direita brasileira. Isso permitirá que as coisas fluam dentro de uma certa previsão, para o bem.
Como observaram o mundo já girou e girou muito no período antes do Carnaval e não dá mais para adiar o “assumir” o controle das coisas.
Vale reforçar: vamos à luta!