A economia surgiu como ciência no ano de 1776, ano em que foi publicada a obra ”Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações” de Adam Smith.
No desenvolvimento da ciência econômica os conceitos se consolidaram e foram ampliados, notadamente com as crises econômicas.
Uma crise econômica que historicamente pode ser considerada um marco foi a crise de 1929 (crash da Bolsa de Nova York levando os principais países a desequilíbrios, elevado desemprego, entre outras consequências) quando foi nasceu e fortaleceu o conceito de macroeconomia. O economista John Keynes foi um expoente da época, principalmente com a publicação do livro “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”.
Quem estuda o básico da economia sabe que qualquer modelo econômico implantado nos países capitalistas visa levar o país ao crescimento econômico, a geração de empregos, ao controle da inflação e a distribuição justa de renda.
Como ciência, o estudo econômico indicou instrumentos para que essas metas sejam atingidas: a combinação das políticas fiscal, monetária, cambial e de rendas.
Dando um destaque especial as políticas fiscal e monetária, o que a ciência econômica nos ensina para que a economia opere no equilíbrio?
A política fiscal é dividida em duas outras políticas: a tributária e de gastos. Na política monetária tem-se, as políticas de crédito, de juros, da emissão de títulos públicos, enfim do controle da circulação da moeda.
Qualquer iniciante no estudo de economia, fazendo o curso de economia ou não, conhece esses conceitos e sabe que há uma relação de causa e efeito entre eles.
Por mais incrível que pareça, o atual presidente da república Lula da Silva, questiona os conceitos em economia. Isso mesmo. Ele afirmou recentemente que os livros de economia deveriam ser reescritos! Pasmem.
Ele insiste, por exemplo, que os juros devem cair. Ele até afirmou que irá bater diariamente no Banco Central brasileiro, e também em seu presidente, Roberto Campos Neto até os juros serem reduzidos.
Se o presidente da república tivesse uma mínima noção do papel dos juros da economia, ele deveria se silenciar, e deixar que o Banco Central cuide disso. Não se decide sobre juros na canetada, são decisões técnicas. Como Autoridade, tendo o maior posto representativo do país, Lula precisaria seguir a liturgia do cargo. Críticas técnicas a política de juros podem ser aceitas, mas criticar por criticar, para satisfazer seu ego de populista, não dá para admitir, mesmo que seja o presidente da República.
Lula deveria saber disso, mesmo porque governou o país por oito anos. Juros não são reduzidos por decreto. Por sinal, deveria ter aprendido com a sua sucessora, também do PT, Dilma Rousseff, que governou o país por seis anos. Ela decidiu utilizar desse artificialismo nos juros e levou o país a dois anos de recessão. Ora, se os juros ajudam a controlar a inflação, e o governo federal é gastador, portanto, não cumpre a regra fiscal, sendo gerador primário de inflação, é evidente que o Banco Central terá que corrigir os erros da política fiscal, que é inerente ao governo Federal, e para tanto é obrigado a manter os juros elevados.
Mas isso não é tudo. Querendo ser rotulado como pai dos pobres, lula quer agora reescrever conceitos como gasto e investimento. Ele disse que os livros de economia estão superados e deveriam ser reescritos. Ele não sabe ou finge não saber que há diferença estrutural no conceito de custeio e de investimento. Por exemplo, quando há um gasto com papel sulfite o impacto é somente para esse fornecedor, portanto, custeio. Já investimento, conceito muito diferente de custeio, gera empregos e renda. Construir uma escola, por exemplo, é gerar riquezas.
Em que Lula deveria se concentrar? Na redução dos gastos em custeio e trabalhar para sobrar dinheiro para investimento e fazer a roda da economia girar.
Sabe por que ele faz isso? Porque tem discurso populista. Voltou ao poder, de uma maneira que a histórica um dia irá contar a verdade, e agora quer se vingar, de tudo e de todos.
Enquanto o governo se comportar assim, e em especial o presidente Lula, as incertezas levarão os investidores do setor privado a tirarem o pé do acelerador e a roda economia não gira. Por sinal, isso já vem ocorrendo.
Mesmo com tantos erros no início deste governo, uma coisa seus eleitores não podem reclamar: afinal não há nenhuma surpresa nesse comportamento, posto que o pensamento retrógado da esquerda é esse mesmo: intervencionismo na economia e em tudo que puderem, e se as coisas piorarem, transferem responsabilidades e flertam a centralização estatal.
Caro presidente Lula: os livros de economia não precisam ser reescritos. Precisam ser lidos!
Uma resposta
excelente!!!!