Ministro da Fazenda, Haddad, boicota empresas por questões ideológicas

O economista Reinaldo Cafeo aborda em seu artigo a necessidade de discussão sobre o modelo de gestão da Estação de Tratamento de Esgoto de Bauru.

Representando o Brasil no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Suíça, o Servidor Público, bancado com os recursos dos pagadores de impostos, o atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse em público em entrevista, acessado por milhões de pessoas no Brasil e no mundo todo, que ele decide suas compras por questões ideológicas.

Ele disse “não compro um palito de fósforo de uma empresa que não tenha compromisso com as minhas questões”.

Seria um posicionamento, diria normal, de um consumidor qualquer, cidadão que não ocupa cargo público, mas vindo de um Ministro de Estado, em fala aberta para o mundo todo, Haddad, no mínimo, não cumpriu o que prevê o Código de Conduta do Servidor Público.

O Código de Conduta aponta que o agente público tem que primar pela “impessoalidade, tendo dever de agir de modo imparcial perante terceiros, sem discriminação, distinções ou preferências”, e vai além, indica que não deve, isso mesmo, “não deve permitir que interesses ou conceitos de ordem pessoal, corporativistas, ou político-partidária interfiram no trato com o público ou qualquer agente público”.

No campo privado, em seu CPF, Haddad pode fazer o que bem entender, mas enquanto for Ministro de Estado, ter seu salário pago pela sociedade, ele não pode e não deve ser parcial e tampouco declarar publicamente sua forma de decidir de quem compras seus produtos.

Se não bastasse o não cumprimento do Código de Conduta do Servidor Público, Haddad joga contra os empreendedores privados, que dentro de um país que se diz democrático tem liberdade para escolher sua ideologia, sua preferência partidário e seu candidato para qualquer cargo eletivo.

São os empreendedores privados, quer sejam da esquerda, da direita, do centro, que geram riquezas, e a partir desta geração de riquezas, juntando-se a outros pagadores de impostos, transferem para o setor público toda a receita necessária para bancar a máquina pública, inclusive, como colocado, os salários dos Ministros de Estados, entre eles o próprio Haddad.

Isso tudo em um governo que tem em seu slogan “União e Reconstrução”. Está unindo o que? Muito provavelmente a união preconizada serve somente àqueles que simpatizam com a ideologia de quem está no poder atualmente.

Esse recorte é somente uma demonstração do quanto o revanchismo e mágoa política irão nortear a gestão do atual governo.

Decoro, ética, impessoalidade, respeito ao contraditório, liberdade de expressão, são para poucos e postura que esteja à altura do cargo que ocupa é para um seleto grupo de servidores públicos. 

? www.reinaldocafeo.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *