O segundo turno das eleições no Brasil será dia 30 de outubro. Como era previsto, a polarização se instalou e Bolsonaro e Lula disputam a preferência do eleitor.
No âmbito da economia, mesmo sem uma campanha propositiva, está mais que evidenciado o modelo econômico de um e de outro.
O modelo de Lula é do um Estado mais interventor na economia. No geral, a esquerda, os socialistas e comunistas, são adeptos da tutela do Estado. Entendem, equivocadamente, que o setor público é o gerador de bem-estar à população, quando na verdade, o Estado retira recursos da economia.
A canalização da arrecadação tributária para gastos em custeio, e gastos crescentes, retira capacidade de investimento do setor privado. A intervenção preconizada pela esquerda é de tamanha grandeza, que tratam a população como se ela não fosse capaz de praticar sua soberania. Neste aspecto, é contrária as privatizações, não quer o teto de gastos, quer ampliar o número ministérios (para loteá-los), e gosta de aparelhar as estatais. Até mesmo nos costumes quer o controle, isso sem falar, que repetidamente, o ex-presidente Lula, fala em controlar a mídia.
Para estes, o Estado deve ser o provedor e o controlador, e como colocado, preferem o intervencionismo econômico.
Já o modelo econômico atual, conduzido por Paulo Guedes, com aval do presidente Bolsonaro, vai na linha mais liberal. Menos Estado e mais setor privado. Por este prisma não faz sentido o setor público possuir empresas que operam concorrendo com o setor privado. Também a liberdade em empreender, com menor burocracia, auxilia no fortalecimento do investimento do setor privado. Este sim, o investidor privado, é capaz de gerar crescimento econômico de maneira sustentável.
Os liberais são reformistas, e preconizam menor carga tributária com um setor público mais leve. O tripé macroeconômico dá o tom da política econômica: metas de inflação, câmbio flexível e controle fiscal. Nos costumes, defendem a liberdade de escolha, e liberdade de opinião. São conservadores.
Para estes, o Estado deve se concentrar em oferecer bases para boa educação, saúde e segurança. São adeptos do Estado regulador.
E quais resultados estes dois modelos apresentam? O intervencionismo se espelhou na América Latina e o exemplo mais latente é o da Argentina: inflação que pode atingir 95% ao ano, crescimento da miséria, juros na casa dos 75% ao ano, desemprego em alta, enfim, um desequilíbrio sem precedentes.
O outro exemplo, o Brasil, que mesmo com pandemia, guerra entre Ucrânia e Rússia, apresenta inflação em queda, juros de 13,75% ao ano, geração de mais de 1,85 milhões de empregos nos oito meses deste ano, taxa de desocupação em queda (8,9%), entre outros importantes indicadores econômicos.
Os modelos estão postos, cabe a cada um de nós escolher aquele que pode ser melhor para o coletivo. E por último vale uma reflexão: não é porque você eventualmente não goste do piloto, que desejará que o avião caia. Pense nisso.