Ata do COPOM indica aperto monetário

Ata do COPOM indica aperto monetário

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, em sua reunião mais recente. Essa decisão, tomada por unanimidade, reflete a cautela do Banco Central diante das incertezas fiscais e das pressões inflacionárias que persistem sobre a economia brasileira.

De acordo com o comunicado do Copom, “o cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho”. Além disso, o comitê reforçou que a política monetária deve permanecer em um patamar contracionista por um período prolongado para assegurar a convergência da inflação para a meta.

A decisão do Copom é um sinal de que o Banco Central está priorizando a estabilidade de preços e a responsabilidade monetária, mesmo diante de pressões políticas e sociais.

Com a inflação ainda acima da meta oficial de 3%, especialmente no setor de serviços, por exemplo, o Copom considera que a manutenção da Selic em 15% ao ano é necessária para controlar as expectativas de inflação e evitar uma aceleração dos preços.

Como o IPCA, inflação oficial ficou em 0,09% em outubro, abaixo do esperado, poderia ser factível projetar redução na taxa de juros, contudo, a falta de rigor fiscal por parte do governo federal, entenda-se alta da dívida pública, indica que o Banco Central manterá postura conservadora. Outro aspecto, como mencionado, é o fato de a Autoridade Monetária buscar atingir o centro da meta, isto é, 3%, sendo que o IPCA acumula 4,68% em 12 meses, portanto, mais um argumento para manutenção do aperto monetário.

O mercado financeiro projeta que a taxa de juros permanecerá alta por mais tempo, com possíveis cortes apenas no início de 2026, quando a inflação e o risco fiscal estiverem mais claramente sob controle. Enquanto isso, o crédito segue caro e seletivo, os investimentos em renda fixa continuam atrativos e a economia com claros sinais de desaceleração.

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