Trump e os possíveis efeitos na economia brasileira

A gestão Trump e os possíveis efeitos na economia brasileira

A gestão de Donald Trump pode ter vários efeitos na economia brasileira, especialmente devido às suas políticas protecionistas e mudanças nas tarifas comerciais.

Trump sinaliza aumentar as tarifas de importação.  Isso pode afetar a competitividade dos produtos brasileiros nos EUA, reduzindo as exportações brasileiras para o mercado americano. Neste momento esta decisão foi adiada, mas em algum momento isso poderá ocorrer.

A redução de impostos internos nos EUA pode incentivar a economia doméstica, mas também pode resultar em preocupações fiscais. Se a arrecadação for significativamente reduzida, o mercado financeiro pode exigir um aumento nos juros, afetando o cenário econômico global e, indiretamente, o Brasil.

Juros mais altos nos Estados Unidos atraem o capital estrangeiro, para aquele país, pressionando o câmbio no Brasil, trazendo a inflação importada, exigindo taxa de juros mais eleva por aqui. A leitura é que isso será potencializado caso Trump implemente todas as medidas debatidas durante a campanha, as quais têm enorme potencial inflacionário, portanto, carestia para o norte-americano, exigindo política monetária restritiva.

Trump pretende fortalecer o setor energético dos EUA, retirando restrições em indústrias de petróleo, gás e carvão. Isso pode impactar as exportações brasileiras de petróleo e outros recursos energéticos, já que os EUA podem aumentar sua produção interna.

Um outro aspecto, dentro da geopolítica mundial, é eventual retaliação de Trump a China, o que poderia, em tese, favorecer o comércio bilateral brasileiro com o país asiático, elevando as exportações brasileiras.

A gestão de Donald Trump teve e pode continuar a ter impactos significativos no meio ambiente, especialmente devido às suas políticas de flexibilização regulatória e apoio ao setor de combustíveis fósseis.

Trump retirou os EUA do Acordo de Paris, um pacto internacional crucial para combater as mudanças climáticas. Essa decisão pode enfraquecer os esforços globais para reduzir as emissões de carbono, já que os EUA são um dos maiores emissores de gases de efeito estufa.

O presidente americano é conhecido por seu apoio à exploração de petróleo, gás e carvão. Isso pode dificultar a transição para fontes de energia mais sustentáveis e aumentar a dependência de combustíveis fósseis, que são grandes vilões do clima.

Essas ações podem ter consequências negativas não apenas para os EUA, mas também para o Brasil e outros países que dependem de um esforço global coordenado para enfrentar as mudanças climáticas.

Para mitigar esses impactos, o Brasil pode precisar reavaliar suas políticas econômicas, incluindo ajustes na taxa de juros e adoção de políticas de reindustrialização para diminuir a dependência de importados.

Com o passar do tempo o cenário mundial e especial os efeitos a economia brasileira ficarão mais claros e será mais fácil dimensionar o que a gestão de Trump representará.

É certo que Trump não veio para ser coadjuvante no contexto mundial. Será protagonista, para o bem ou para o mal.

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