A gestão pública

Gestão Pública é a aplicação de conhecimentos e técnicas de Administração voltados para a gestão de setores e instituições públicas. Desse modo, gestão púbica é a administração na iniciativa pública, voltada para políticas de interesse coletivo, como moradia, trabalho, educação e redução das desigualdades sociais.

Fiz questão de iniciar este artigo com o conceito de gestão pública para chamar a atenção do momento político em Bauru.

Observem que o conceito de gestão pública está ligado em administrar os setores e instituições públicas visando o interesse coletivo. E é neste particular que as distorções ocorrem.

Primeiramente que em nome da governabilidade, as nomeações em cargos comissionados nem sempre seguem o rigor técnico, sendo em sua maioria, acomodações políticas, com fins eleitorais. Começa aí o desperdício dos recursos públicos. Cada indicado político, que eventualmente não possua os devidos atributos para o cargo que ocupa, onera o erário público, sem contar que, dependendo de suas decisões, o ônus será irreparável. Este tipo de decisão de gestão se distancia do interesse coletivo.

O outro ponto a ser considerado é a capacidade que os gestores devem ter para liderar pessoas. Tudo começa a partir do exemplo da Prefeita, passando pelos Secretários Municipais, atingindo os demais níveis hierárquicos. É a chamada liderança pelo exemplo. Quem não tem método de trabalho, se perde nas tarefas diárias, não passa exemplo, e desmotiva a equipe.

Outro ponto fundamental é estabelecer indicadores para medir a eficiência e eficácia da equipe. No caso de Bauru, se os indicadores de desempenho existem, não é dada nenhuma publicidade. Não é possível avaliar aquilo que não se mede. Se cada Secretaria apontasse não mais que dez indicadores de sua área, a sociedade teria elementos concretos para medir a produtividade da equipe de governo.

E outro fator, não menos importante, é o foco na solução dos problemas. Reuniões intermináveis e a falta de plano de ação que indique claramente o que será realizado, como será executado, quem será o responsável, quando será executado e quanto custará, consomem energia desnecessariamente e novamente desperdiçam os escassos recursos.

Quando tudo isso está fora de controle a gestão pública vira uma gestão de bombeiros, em que a Prefeita e seus Secretários atuam diariamente para pagarem incêndios, na maioria das vezes, provocados por eles mesmos.

É só analisar a crise de abastecimento de água, a má conduzida reforma da Praça Portugal, os banheiros do Vitória Régia, os ecopontos, o castra móvel, as finanças da Emdurb, e tantos outros temas de relevância para os munícipes. E ainda a efetividade em relação as questões relevantes em termos de moradia, educação, saúde, transporte público, mobilidade e combate às desigualdades sociais. A oposição política ao Executivo Municipal vibra com tudo isso, abrindo um campo enorme para especulações de toda ordem.

Se a tese é que a Prefeita nunca teve experiência como gestora e teria dificuldades em liderar a máquina pública, cabe a própria Prefeita e complementarmente aos seus Secretários Municipais, comprovar na prática, que esta avaliação está equivocada. Por sinal, há muitos Secretários e gestores de outros escalões muito competentes.

Como a Prefeita é religiosa, o que é muito positivo, lembro uma citação da Bíblia em Tiago 2:14-26: “Fé sem obras é morta”. Evidentemente que o texto aponta para a necessária ação para encontrar a salvação eterna, mas adaptando para o contexto da gestão pública, passou da hora do Executivo Municipal mostrar seu diferencial em termos de gestão, apontando, na prática, que efetivamente busca o interesse coletivo.   

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