As eleições presidenciais no Brasil serão no ano que vem, contudo o período eleitoral já está em curso, e, como em todos os momentos de definição política, o ambiente de negócios sofre inevitável impacto.
A incerteza, combustível do risco, tende a crescer na medida em que discursos populistas e promessas sem lastro econômico são lançados para conquistar votos, sem medir as consequências sobre a confiança dos agentes econômicos.
Empresários, investidores e trabalhadores sabem que estabilidade política e responsabilidade fiscal são ativos tão valiosos quanto qualquer recurso natural. No entanto, em anos eleitorais, proliferam propostas que ignoram as restrições orçamentárias, sugerem mudanças bruscas em regras do jogo e alimentam expectativas irreais. O resultado imediato é a retração de investimentos, a postergação de projetos e a alta volatilidade nos mercados financeiros.
Análise fria de riscos
É preciso que os agentes econômicos mantenham prudência e espírito crítico. Decisões estratégicas não devem se pautar apenas pela emoção do momento, mas pela análise fria de riscos e pela avaliação da viabilidade das políticas anunciadas.
Mais do que nunca, cabe acompanhar de perto as sinalizações de cada candidatura e separar a retórica de palanque daquilo que pode efetivamente ser implementado.
A história recente ensina que aventuras econômicas, tomadas sob pressão eleitoral, cobram caro da sociedade.
O país não pode se dar ao luxo de comprometer conquistas duramente obtidas em nome de promessas inviáveis. O ambiente eleitoral exige vigilância redobrada e senso de responsabilidade, tanto por parte dos formuladores de políticas quanto daqueles que empreendem, investem e produzem.
Se o futuro depende das escolhas do presente, que cada agente econômico atue com cautela, consciência e rigor analítico. Em meio ao barulho da disputa eleitoral, a defesa do equilíbrio fiscal, da segurança jurídica e da previsibilidade deve permanecer como guia fundamental.