Os cinco meses do governo Lula

As consequências econômicas do conflito no Oriente Médio

Pois é, lá se foram 5 meses do governo Lula.  Todos que possuem cargos de liderança precisam ser avaliados pelos seus resultados.

Depois de um discurso em que o “amor” venceria o “ódio” do governo anterior, Lula observa seu prestígio derreter.

Segmentos da imprensa, muitos jornalistas ligados a grandes conglomerados de comunicação, que eram contra Bolsonaro e fizeram o L, agora começam a ter uma visão crítica da realidade e de como o presidente Lula não se atualizou nas grandes questões mundiais e principalmente no tocante aos grandes desafios aqui no Brasil. Alguns artistas, formadores de opinião, economistas, até mesmo políticos, já perceberam que Lula tropeça em si mesmo.

O mais recente episódio envolvendo a recepção aqui no Brasil do ditador venezuelano Nicolás Maduro, retrata muito bem o quanto o pensamento ideológico e político de Lula está pelo menos 15 anos defasado.

Se não bastasse receber o ditador com honras de Chefe de Estados, ainda afirmou que tudo que o mundo tem documentado, o que as pessoas vivenciaram e vivenciam na Venezuela é uma narrativa. Além das críticas internas por esse pronunciamento, Lula teve que engolir críticas contundentes do presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, e por cima do dirigente chileno, do mesmo espectro ideológico de Lula, Gabriel Boric.

E mais, na tentativa de defender Maduro, Lula desagrada os Estados Unidos, afirmando que foram as sanções americanas as causadoras de todos os problemas na Venezuela (ou é ignorância ou má fé).

Enquanto Lula tenta ser o líder da América do Sul, cujo tiro saiu pela culatra, os grandes temas que podem sustentar o crescimento econômico brasileiro ficam em segundo plano. A oposição ao governo Lula vem cravando derrota em cima de derrota aos projetos do Executivo Federal, colocando em xeque se efetivamente Lula conseguirá governabilidade nos moldes em que ele imaginou. Tem que aprovar o novo Arcabouço Fiscal, a Reforma Tributária e tantos outros projetos importantes para o governo e para o país.

Nesses cinco meses esperava-se um Lula conciliador, mas não, do homem que traria o “amor” de volta, passou a verbalizar quase que diariamente seu ódio, como alguém que precisa a todo custo se vingar daqueles que legitimamente o condenaram no passado, e que o criticaram pela corrupção e desmandos de seu governo e de seu partido, enquanto estiveram no poder.

Enquanto isso, o setor privado acompanha atônito todo esse ambiente político, tentando entender onde tudo isso vai dar e se perguntam: vale a pena investir no país diante de tanta insegurança política, econômica e jurídica?

Antes que os que passam pano ao governo Lula se manifestem, fica aqui um indicativo: se o governo anterior era ruim, antidemocrático, pouco voltado ao social, ele não servirá de parâmetro para qualquer comparação com o governo atual, afinal, quem prometeu o céu, o amor, a cerveja e picanha, foi o presidente Lula, portanto, é seu governo que deve ser avaliado pelos resultados desses cinco meses no poder.

Fiquem tranquilos, ainda teremos longos 3 anos e 7 meses pela frente, quem sabe as coisas mudam.

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